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Informação e análise

Se Lula não negociar, Congresso não vai aprovar pacote fiscal r2w4f

O “Pacto pelo Equilíbrio Fiscal” proposto pelo ministro da Fazenda ao Congresso só tem chance, ainda que remota, se for liderado pelo presidente 61726k

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 jun 2025, 08h00

Há meses, Fernando Haddad vai e volta do Congresso falando em esperança num certo “Pacto pelo Equilíbrio Fiscal” — assim nomeou a proposta de pacote econômico que apresentou aos chefes do Legislativo e líderes de vários partidos, na noite de domingo (8/6).

Há meses, todos no Palácio do Planalto sabem que o dinheiro acabou e que vai ser preciso aumentar impostos ou cortar gastos para manter Educação, Saúde, Previdência e Segurança funcionando no ano eleitoral de 2026.

Cortar é o verbo mais difícil de se conjugar nos gabinetes de Brasília.

Quatro anos atrás, o Congresso aprovou emenda constitucional (nº 109/2021) determinando revisão de todas as formas de benefícios tributários — são muitas isenções de alíquotas, alíquotas zero ou reduzidas de impostos; reduções da base de cálculo da tributação; créditos financeiros e tributários ou incentivos fiscais…

Aconteceu exatamente o contrário. Os privilégios concedidos com o dinheiro dos impostos não diminuíram. Cresceram e muito: aumentaram nada menos que 77% desde 2021, quando o Congresso aprovou revisão e corte para diminuir o custo imposto à sociedade.

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O governo calcula uma renúncia fiscal recorde, em torno de R$ 800 bilhões no ano. Significa que o país está doando mais dinheiro dos impostos do que investindo em Educação, Saúde, Previdência e Segurança.

Para cada real que o Estado investe em serviços essenciais, gasta dois reais em doações de dinheiro público a segmentos privilegiados. Se o resultado é bom ou ruim, é um mistério — na última década e meia os governos não souberam nem procuraram saber.

O tempo parou em Brasília desde meados do ano ado. No governo e no Congresso todos fingem que não veem uma crise se aproximando no horizonte, mas se dizem animados para uma “solução negociada” sobre o orçamento deste e do próximo ano eleitoral.

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Lula, como sempre, faz de conta que não sabe, não falou, não viu nem ouviu. Portanto, o ônus político nunca é dele.

Haddad criou uma crise com o aumento o Imposto sobre Operações Financeiras? “O Haddad, no afã de dar uma resposta à sociedade, apresentou uma proposta (a do IOF) que elaborou na Fazenda.”

O ministro da Fazenda propôs ao Congresso um “Pacto pelo Equilíbrio Fiscal”? Lula, talvez, dê atenção ao pacote econômico sugerido nesta terça-feira (10/6), quando retorna do périplo diplomático no circuito Paris-Cotê D’azur.

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No mundo ideal, ele seria o árbitro do embate por trás da crise fiscal, com soluções negociadas para arrumar o governo — “às vezes, parece que estou enxugando [gelo] porque nunca termina de enxugar.”

Na vida real, Lula é parte e não árbitro da disputa política sobre o orçamento federal. A conta não fecha e o ônus é dele. É ele quem terá de escolher se aumenta impostos, corta gastos ou deixa como está para ver como vai ficar. Qualquer que seja a opção vai precisar negociar até as vírgulas com o Congresso.

Se Lula não negociar, o Congresso não vai aprovar pacote fiscal. Sem ele à mesa não tem negócio, porque um “Pacto pelo Equilíbrio Fiscal” só tem chance, ainda que remota, se for liderado pelo presidente da República.

Faltam 18 meses para o fim do mandato. Sem bússola e sem rumo definido, o governo Lula dá sinais de esgotamento.

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