Eliminatórias: Brasil melhorou muito, mas ainda está longe do ideal 3x2v
Um detalhe muito importante na vitória da seleção canarinho sobre o Paraguai, por um a zero: o humor mudou w6y6k

Com um um gol feito a partir de um erro, a seleção brasileira venceu a paraguaia na noite de terça-feira e garantiu a classificação antecipada para a Copa do Mundo de 2026, que será disputada no Canadá, Estados Unidos e México — impulsionada, também, pela vitória do Uruguai sobre a Venezuela por 2 a 0 . Diante de uma Neo Química Arena lotada, o time comandado pelo italiano Carlo Ancelotti sofreu para triunfar diante de um Paraguai fechado e aguerrido. Em que pese ser o primeiro resultado positivo da equipe canarinho sob o comando do técnico, a euforia é exagerada. Melhoramos muito, é verdade – mas estamos longe do ideal.
O que se nota: o humor mudou. “Creio que foi um bom jogo, muito bom no primeiro tempo, jogamos bem, com a posse de bola, controlando, embora tenhamos concluído pouco”, disse Ancelotti, que comemorou o aniversário de 66 anos com a vitória, na entrevista pós-jogo. “Baixamos o ritmo no segundo tempo, mas no geral achei um jogo completo, estamos bem contentes.” Os dois últimos compromissos da seleção brasileira pelas Eliminatórias acontecerão em setembro, quando a equipe enfrenta Chile e Bolívia.
A lição de casa foi feita. A vitória em casa levou a seleção brasileira aos 25 pontos nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, assumindo a terceira posição da classificação. Com isso, o Brasil não pode mais ficar fora da zona de classificação para o próximo Mundial, quando faltam apenas duas rodadas para o final da competição. Convenhamos que, para o único selecionado que não faltou a nenhum dos torneios mundiais e tem o maior número de títulos, cinco, era mais do que obrigação.
O empate sem gols contra o Equador, na partida que marcou a estreia de Ancelotti no comando da seleção brasileira, acendeu um sinal de alerta. Por isso, o italiano optou por um esquema de jogo diferente diante dos paraguaios. Para um confronto no qual enfrentaria um adversário conhecido pela força defensiva, o treinador optou por uma formação ousada, com apenas dois meio-campistas de ofício e quatro jogadores de frente. Nesse quarteto ofensivo Gabriel Martinelli ocupou a ponta esquerda, Raphinha ficava aberto pela direita, enquanto Matheus Cunha e Vinicius Júnior ficavam mais centralizados.
Deu certo. O Brasil assumiu o controle desde os primeiros minutos do primeiro tempo, pressionando a equipe paraguaia, sem no entanto ser eficiente. A primeira oportunidade surgiu aos 11 minutos, quando Matheus Cunha cruzou rasteiro, mas Vinicius Júnior chegou atrasado e não conseguiu finalizar. Aos 34, a seleção ficou muito perto de marcar, quando Martinelli fez boa jogada pela esquerda e cruzou na segunda trave, onde Matheus Cunha, com muita liberdade, cabeceou sem direção.
A seleção chegou ao gol da vitória antes do intervalo, em uma jogada surgida de um erro do zagueiro paraguaio. Aos 43 minutos Raphinha partiu em velocidade pela direita, mas acabou desarmado pela defesa adversária. Na disputa de bola, Junior Alonso afastou a bola em direção à linha de fundo, quando Matheus Cunha surgiu em velocidade e cruzou para Vinicius Júnior, que teve apenas o trabalho de escorar.
Na etapa final a seleção brasileira até começou muito bem, criando oportunidades de ampliar a vantagem. Bruno Guimarães por pouco não marcou o segundo gol em duas ocasiões, numa cavadinha que Cáceres salvou em cima da linha e numa bomba espalmada por Gatito. Ancelotti aproveitou os últimos minutos para ajustes na Seleção. Primeiro, trocou Alex Sandro por Beraldo. Na sequência, substituiu Vini Jr por Richarlison e Matheus Cunha por Gerson. Ainda deu oportunidade para Danilo jogar alguns minutos, no lugar de Vanderson.
(Com Agência Brasil)