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Ataque de Israel ao Irã mata os dois principais líderes militares do país 5z1i1r

Forças de Tel Aviv bombardearam vários locais, incluindo instalações nucleares 543525

Por Redação Atualizado em 13 jun 2025, 07h51 - Publicado em 12 jun 2025, 23h09

Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária do Irã (Fatemeh Bahrami/Anadolu/Getty Images)

O Irã confirmou que o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o das Forças Armadas, Mohammad Bagherifoi, foram mortos durante um ataque de Israel nesta sexta-feira, 13 (horário local, noite de quinta em Brasília).

A Guarda Revolucionária é uma divisão das Forças Armadas, fundada depois da Revolução Iraniana. Tem seu próprio ministério e suas próprias unidades navais e aéreas. A força é acusada pelos Estados Unidos e outras nações de envolvimento com os grupos como Hamas e Hezbollah.

Israel lançou uma série de ataques contra o Irã. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou esperar uma retaliação por parte de Teerã. Israel declarou estado de emergência no país. A população foi orientada a permanecer próxima de abrigos e evitar áreas abertas.

“Após o ataque preventivo do Estado de Israel contra o Irã, um ataque com mísseis e drones contra o Estado de Israel e sua população civil é esperado em um futuro próximo”, disse Katz em um comunicado. Ele também disse que as escolas seriam fechadas no país na sexta-feira.

Um pouco depois, a previsão se confirmou e Israel afirmou que o Irã lançou mais de 100 drones contra o território israelense.

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Segundo a agência de notícias estatal iraniana IRNA, explosões foram ouvidas em Teerã. Um oficial das forças de Israel afirmou à rede americana CNN que os ataques miram alvos nucleares e militares do Irã. O Irã fechou temporariamente o espaço aéreo sobre Teerã.

De acordo com a CNN, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convocou uma reunião de gabinete para discutir o assunto. O site Axios afirma que o governo do republicano havia informado a Israel que não participaria de um eventual ataque ao Irã.

Pronunciamento de Netanyahu 153410

Em um pronunciamento exibido na televisão israelense, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, confirmou que os ataques atingiram alvos nucleares no Irã e disse que a operação continuará por muitos dias.

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“Há alguns instantes, Israel lançou a Operação Leão Ascendente, uma operação militar direcionada para conter a ameaça iraniana à sobrevivência de Israel”, disse Netanyahu.

“Esta operação continuará por quantos dias forem necessários para eliminar essa ameaça. Durante décadas, os tiranos de Teerã têm descaradamente e abertamente clamado pela destruição de Israel.”

Ele acusa o Irã de ter um programa para desenvolver armas nucleares e afirmou que o país “poderia produzir uma arma nuclear” se não fosse parado.

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Negociações com os EUA 4fmr

O ataque ocorre em meio às negociações entre Estados Unidos e Irã para limitar a capacidade do país de produzir armas nucleares. Nesta quinta, o presidente americano, Donald Trump, reafirmou que não gostaria que Israel lançasse um ataque, indicando que isso poderia minar os esforços de um acordo. “Acho que isso arruinaria tudo”, disse.

Já foram realizadas cinco rodadas de discussões entre o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, e o enviado de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, sobre o acordo nuclear. Não houve, contudo, qualquer avanço concreto. O Irã se recusa atender à demanda americana de que abandone o enriquecimento de urânio, possível matéria-prima para bombas nucleares, e envie para o exterior todo o seu estoque existente.

Também nesta quinta, a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês), vinculada às Nações Unidas, aprovou uma resolução que acusa o Irã de não cumprir as suas obrigações nucleares.

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A resolução denuncia que “as muitas falhas do Irã em cumprir suas obrigações desde 2019” para fornecer à AIEA “cooperação total e oportuna em relação a material nuclear não declarado e atividades em vários locais não declarados constituem o não cumprimento de suas obrigações” sob seu acordo com a agência da ONU.

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores do Irã e a Organização de Energia Atômica do Irã (AEOI) anunciaram em uma declaração conjunta que o país construirá uma nova instalação de enriquecimento de urânio “em um local seguro” e atualizará suas centrífugas na instalação nuclear de Fordow da primeira à sexta geração, “o que aumentará significativamente a produção de urânio enriquecido”.